quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Soneto do amor total

Amo-te tanto,meu amor...não cante
O humano amor com mais verdade
Amo-te como amigo e como amante
numa sempre diversa realidade.

Amo-te afim, de um calmo amor prestante
E te amo além, presente saudade
Amo-te, enfim,com grande liberdade
Dentro da eternidade e a cada instante

Amo-te como um bicho,simplesmente
De um amor sem mistério e sem virtude
Com um desejo maciço e pemanente

E de te amar assim,muito e amiúde
É que um dia em teu corpo de repente
hei de morrer de amar mais do que pude.

Vinícius de Moraes

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